A passeata do último domingo no estado americano do Missouri, em homenagem ao jovem negro Michael Brown, executado há um ano pelo agente branco Darren Wilson, desencadeando uma série de manifestações que tomaram conta de todo o país, tinha tudo para ser pacífica. Mas, como no episódio do 9 de agosto de 2014, terminou mais uma vez com um adolescente negro, supostamente desarmado, baleado por policiais.
Alegando legítima defesa, quatro guardas que faziam a segurança do evento em homenagem a Brown, na noite de ontem, acertaram de oito a 12 tiros no jovem negro Tyrone Harris Júnior, acusado de disparar, junto com outras cinco pessoas, contra um carro de polícia estacionado nas proximidades.
No entanto, em entrevista à Associated Press nesta segunda-feira, Tyrone Harris, pai do rapaz, garantiu que seu filho não portava nenhuma arma quando foi alvejado, justamente no momento em que tentava fugir de um conflito entre dois grupos locais.
De acordo com o serviço de saúde de Ferguson, o estado do jovem baleado é crítico. Quanto aos policiais, não há registro de que algum deles tenha sido atingido durante o tiroteio.