“Cerca de oito crianças são mortas ou lesionadas cada dia no sangrento conflito do Iêmen”, diz o relatório, divulgado pelo site do organismo.
O documento, intitulado “A Infância Ameaçada”, traz outro número sinistro: 4.300 pessoas, principalmente civis, foram mortas no país nos quatro meses da campanha.
Preocupa também o número das crianças que pegam em armas. Se em 2014, foi registrado um total de 154 combatentes menores de idade, em 2015, esse número já montou a 377, e o ano ainda não terminou.
Já na segunda-feira (17), a Anistia Internacional divulgou o seu próprio relatório sobre o conflito militar no Iêmen. O documento critica “os golpes aéreos ilegais da coalizão em áreas residências densamente povoadas”.
A tensão política no Iêmen desembocou em um conflito militar após uma ofensiva dos rebeldes houthis (que são considerados partidários do ex-presidente Ali Abdullah Salehi) à capital do país, Sanaa. Ato seguido, o presidente, Abd Rabbo Mansour Hadi, fugiu para a Arábia Saudita, que rapidamente anunciou que iria realizar uma intervenção militar, o que foi feito.