Foi a porta-voz da chancelaria da República Islâmica do Irã, Marzieh Afkham, quem assegurou que o novo plano das Nações Unidas “pode ser avaliado como o mais próximo da compreensão correta das realidades atuais da situação política na Síria e nos territórios atingidos pelo conflito, do ponto de vista dos atores regionais e internacionais”.
Os grupos de trabalho (que deverão começar a funcionar a partir de setembro) já receberam uma avaliação positiva do representante especial do presidente Putin para o Oriente Médio e África e vice-ministro das Relações Exteriores, Mikhail Bogdanov.
Já o Irã saudou o projeto do enviado especial da ONU por compartilhar os mesmos princípios. Mais cedo neste ano, o vice-chanceler Abdollahian apresentara um plano de quatro itens par o processo de paz na Síria. Depois, quando eclodiu o conflito no Iêmen, com a intervenção saudita-ocidental, adaptou o plano para ser compatível com este país.
O plano de Abdollahian inclui os seguintes itens, resume à Sputnik o diplomata iraniano Seyed Hadi Afghahi, que tinha trabalhado na embaixada do Irã no Líbano: “a trégua total e completa na Síria, a criação de um governo de unidade nacional (com a participação de todos os grupos políticos, mas sem os terroristas), a redação de uma Constituição pelo governo de unidade nacional; a realização de eleições presidenciais com a participação de todas as forças políticas e religiosas do país”.
Para Afghahi, o plano de Staffan De Mistura é “análogo” ao plano iraniano, contendo também quatro áreas temáticas: segurança para todos, assuntos políticos e de direito, assuntos militares e de combate ao terrorismo, processo de restauração e desenvolvimento.
O diplomata disse esperar que o plano de Mistura seja aprovado pela maioria dos países, inclusive “os mais obstinados” – “aqueles poucos países árabes que patrocinam os terroristas na região e dizem que a derrubada do regime de Bashar Assad e a guerra são a única saída da situação” – escolham afinal a via do diálogo político.