“A Alemanha sempre foi um dos maiores investidores no Brasil. Há algumas divergências, mas elas de maneira alguma impediram a visita da chanceler alemã ao Brasil, embora o país esteja neste preciso momento passando por uma crise política e econômica”.
Fritz explicou o caráter desta crise:
“Não é uma crise fundamental de instituições democráticas. A democracia no Brasil funciona como antes”.
A professora defendeu a presidente Dilma Rousseff apesar dos protestos antigovernamentais que sacudiram as ruas das cidades brasileiras:
“A atual presidente do Brasil foi eleita em outubro do ano passado por meio democrático. Obteve a maioria democrática de votos. O escândalo em torno da petrolífera estatal Petrobras seguramente criou grandes problemas democráticos, mas a Procuradoria Geral investiga este caso e o governo contribui para a investigação. Trata-se de um processo democrático. E não há razões para que a comunidade internacional censure o governo brasileiro. Não há violações de direitos humanos em massa e subversão de institutos democráticos no Brasil”.
“Um dos objetivos principais é a cooperação duradoura na área de energia renovável. A Alemanha e o Brasil têm abordagens diferentes em relação a esta questão. Por isso temos a possibilidade de cooperar a partir de posições diferentes. A Alemanha desenvolve intensivamente a energia solar e de vento e o Brasil – biocombustíveis e energia hidrelétrica. Mas o Brasil precisa urgentemente de produtos energéticos, por isso os dois países podem se completar um ao outro”.
Além disso, a especialista alemã manifestou que o seu país ainda tem muito interesse em projetos de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul, apesar de as negociações terem chegado a um impasse.