"A fronteira na Ponte Internacional Simon Bolivar em San Antonio del Táchira, e a Ponte Internacional Santander, em Ureña, estão fechadas. Implantamos nossas tropas da Guarda Nacional e do Exército Nacional Bolivariano", informou o chefe da Região Integral de Desenvolvimento Estratégico Andina (organismo de administração regional), Efrain Velasco Lugo, ao canal estatal VTV.
"Vamos fazer uma busca completa de casa em casa, depósito por depósito, setor por setor, em municípios onde sabemos que se encontram geradores de violência e grupos paramilitares, que estão minando a segurança e a defesa da nossa nação, contra a paz de nosso povo", disse Velasco Lugo.
O presidente venezuelano, Nicolas Maduro, por sua vez, declarou que espera contar com a colaboração das autoridades colombianas para a identificação e captura no caso de os responsáveis entrarem no território colombiano.
O especialista em políticas latino-americanas Rafael Araújo, professor de História e Relações Internacionais da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, falando com exclusividade à Sputnik Brasil, avalia o incidente em Táchira:
“A região de fronteira entre Venezuela e Colômbia é extremamente perigosa, já que é um espaço de passagem não só de forças paramilitares mas também de narcotraficantes e contrabandistas, além de pessoas que levam para o território colombiano produtos da cesta básica venezuelana, que são mais baratos”, diz o Professor Araújo. “O incidente ocorrido ontem deve ter a ver mais com paramilitares e contrabandistas ou narcotraficantes do que com as Forças Armadas dos dois países”, conclui o especialista.