Medvedev, que foi ao local para examinar os trabalhos de construção pertencentes ao programa de desenvolvimento regional, aproveitou para anunciar a assinatura da resolução que estabelece a fronteira russa na plataforma continental do mar de Okhotsk, o que dá ao país um território adicional de 50 mil km² em sua plataforma continental, numa região altamente rica em recursos naturais.
O Japão, que reivindica quatro ilhas do arquipélago, incluindo Iturup, com base no Tratado Bilateral de Comércio e Fronteiras que assinou com a Rússia em 1855, criticou duramente ao longo da semana a visita do premier russo ao local, descrevendo-a como lamentável.
"Nós estamos preocupados com as ações unilaterais da Rússia em relação aos Territórios do Norte (Curilas). Pedimos uma posição construtiva para continuar desenvolvendo as relações bilaterais, sobretudo na questão do tratado de paz", informou a chancelaria japonesa neste sábado.
As ilhas Curilas passaram a fazer parte da União Soviética após a Segunda Guerra Mundial, como resultado de uma série de acordos internacionais, assinados por diversos países. Mas Tóquio condiciona a assinatura de um tratado de paz definitivo com Moscou à devolução dessas ilhas, que hoje são administradas pela Federação Russa, sucessora legítima da União Soviética.