Duas aeronaves de transporte militar C-17, que se dirigiram do leste ao ocidente, estiveram cerca de 15 minutos no espaço aéreo da Finlândia, ao sul das ilhas Âland. A violação se deu às cinco horas da tarde de domingo (23).
Turun Sanomat, porta-voz do Ministério da Defesa, confirmou o acontecimento mas não indicou de que forma foi determinada a violação do espaço aéreo pelos aviões norte-americanos.
O Serviço de Fronteiras também não especificou se a comunicação foi estabelecida por rádio ou se para o local foi enviado um avião finlandês.
“A fonte da informação é o Ministério da Defesa. Não sabemos como eles fixaram o aparecimento do avião. Está se realizando uma investigação”, disse o capitão-tenente Matti Hägerström, representante do Serviço da Guarda Costeira ocidental da Finlândia.
Hoje de manhã, o representante do Pentágono Bill Urban disse que não estava a par do acontecimento.
“Quinze minutos é um período bastante longo mas é necessário tomar em conta, por exemplo, em que direção se dirigia o avião e de que forma a rota estava planejada. Muitas situações são possíveis e agora, na fase inicial da investigação não podemos comentar a situação”, disse Hägerström.
É o segundo caso de violação do espaço aéreo finlandês neste ano. Nos finais de junho o avião russo permaneceu no espaço aéreo do país durante um minuto. Também há suspeitas de que um avião polonês teria violado o espaço aéreo da Finlândia em março.
É de notar que não é a primeira vez que aviões norte-americanos violam o espaço aéreo finlandês nesta década. Segundo Hägerström, na realidade, houve alguns casos mas estes não são frequentes
”Isto acontece muito raramente se é possível dizer assim”, afirmou Hägerström.
Entretanto, embora os EUA tenham entrado no espaço aéreo finlandês mais frequentemente do que a Rússia, os militares da Finlândia têm afirmado que estão preocupados com uma alegada “invasão russa”. Por exemplo, em julho o ministro da Defesa Jussi Niinistö afirmou que o país estava se preparando para a anexação das ilhas Âland, que são uma zona desmilitarizada.
Segundo especialistas finlandeses, tais afirmações não se enquadram na linha política do país e são impostas pelos EUA, que esperem que a Finlândia adira à OTAN. No entanto, a violação do espaço aéreo não será o melhor método de persuasão.