A medida se insere no contexto do aumento da pressão pela militarização que está em andamento no país desde as eleições nacionais em abril. As eleições foram seguidas de uma série de incidentes misteriosos em que os militares da Finlândia alegam terem avistado "objetos subaquáticos" em suas águas territoriais, os quais não puderam ser verificados em investigações complementares.
Ainda não há fundamento jurídico para as novas unidades de prontidão na fronteira, de acordo com o presidente da Comissão Parlamentar de Defesa da Finlândia, Ilkka Kanerva.
"É necessária uma nova legislação para permitir que as forças armadas recrutem reservistas de forma transparente e eficiente. No sistema atual, os contratos de reservistas não estipulam tempos de serviço exatos ou a rapidez com que os reservistas podem ser mobilizados e armados", disse Kanerva, citado pela publicação.
A medida também ressoa o aumento dos laços militares entre a Finlândia e outros países nórdicos, bem como com a OTAN (o país continua sendo um dos quatro Estados membros da União Europeia que optaram por não aderir à aliança ocidental). Os mais recentes exercícios militares da Finlândia em conjunto com a OTAN foram as manobras navais BALTOPS 2015.
A Finlândia também precisaria aumentar seu orçamento de defesa para apoiar a nova escalada militar, segundo o DefenseNews.