O Comandante Supremo Aliado para a Transformação da OTAN, Jean-Paul Paloméros, após a reunião com o chefe do Estado-Maior do exército tcheco, Josef Becvar, declarou que os exercícios Noble Jump realizados em junho na Polônia tinham grande sucesso e foram uma demonstração de capacidades militares.
O comandante supremo declarou que a OTAN tem um plano muito ambicioso de três anos para realizar exercícios conjuntos. Uns dos maiores serão realizados nos fins de outubro e início de novembro na Espanha, Portugal e Itália, e deles participarão mais de 30 países.
Falando com jornalistas após a reunião, Paloméros disse que os países-membros da organização devem fazer mais investimentos de longo prazo na defesa e segurança.
Na terça-feira (14), Josef Becvar reuniu-se com o ministro da Defesa tcheco, Martin Stropnicky, para discutir o orçamento para o ano que vem e até 2018. O chefe do Estado-Maior espera que as negociações continue em agosto.
O especialista em defesa, antigo coronel do exército russo Viktor Litovkin comentou a situação à Sputnik:
Mas o especialista fez lembrar que de 28 países da OTAN, só a Estônia, a França e a Grécia pagam estes 2% do PIB.
“Praticamente por todos pagam aos Estados Unidos, que enchem o tesouro comum da OTAN com mais de 75% de todas as despesas militares. E, é claro, que a chefia da OTAN não só pede, mas exige mais pagamentos para a defesa, e tenta assustar os seus colegas e subordinados com ‘ameaça militar russa’ e a necessidade de realizar manobras e exercícios militares de grande escala”.
O especialista prosseguiu para comentar a alegada ameaça russa:
“Quando os países da OTAN gritam sobre a ‘ameaça militar russa’, que não existe, isto parece muito feio e hipócrita, porque a Rússia não ameaça ninguém. As únicas guerras que foram realizadas nos últimos 20 anos sempre foram realizadas pela OTAN. A Rússia não lutou fora dos seus territórios nos últimos 20 anos e nem atacou ninguém”.
Vale lembrar que ainda em 1 de julho o chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, Martin Dempsey, declarou que os Estados Unidos estavam preparando uma nova estratégia militar. O texto do documento sugere que umas ações da Rússia minam a segurança regional.