“A independência ucraniana naturalmente resultou em um total colapso e rutura: colapso do território, rutura dos laços políticos e econômicos com os seus vizinhos e, o que é o mais importante – entre as regiões ucranianas”, continua ele.
Kornilov também sublinhou que, desde a independência em 1991, a Ucrânia busca autossuficiência energética, mas não consegue atingi-la. As novas autoridades até nem estão muito preocupadas com este tema:
“Eu acho que a segurança energética da Ucrânia é a última coisa em que as atuais autoridades pensam. Elas pensam em primeiro lugar sobre como garantir a sua própria segurança pessoal e escapar no tempo próprio”.
“Eles nem pensam sobre o que acontecerá amanhã. Sabem, a Ucrânia sobreviveu este inverno somente graças à boa vontade da Federação Russa. Do meu ponto de vista foi um gesto bastante duvidoso por parte da Rússia de proporcionar este desconto de inverno [no gás] para a Ucrânia, graças a qual a Ucrânia melhor ou pior sobreviveu”, opina Kornilov.
Segundo ele, as perspectivas da Ucrânia este inverno são obscuras:
“Uma série de grandes fábricas ucranianas teve que encerrar e as perspectivas da sua reabertura no futuro, acho eu, são bastante nebulosas. Se neste caso não houver um gesto de boa vontade por parte da Rússia, que teve lugar um ano atrás… a Ucrânia não poderá abastecer de gás as suas fábricas e até não poderá garantir o funcionamento dos serviços públicos essenciais”.