Os motivos incluem fatores como a diferença crônica entre as expectativas dos norte-americanos e a sua realização, o desejo de alcançar a fama e a posse de armas facilitada.
Além disso, estas circunstâncias se juntam ao fato de que nos EUA, como em muitos outros países, se tratam mal as doenças mentais.
O especialista destaca o fator da posse de armas. Dos 178 países incluídos na análise de Lankford, os Estados Unidos ficaram no primeiro lugar quanto à posse de armas “per capita”. Segundo uma pesquisa de 2007, nas casas dos norte-americanos havia 270 milhões de armas de fogo, a taxa de posse de armas de fogo era de 88,8 por 100 pessoas. Em comparação, no Iêmen, que ocupa o segundo lugar, a taxa alcança 54,8 armas de fogo por 100 pessoas.
“A ‘cultura das armas’ dos Estados Unidos está profundamente enraizada na ideia de que a posse de armas geral é uma defesa contra o surgimento de tiranias… Uma pesquisa nacional realizada em 2013 constatou que 65% dos americanos acreditavam que o objetivo do seu direito de portar armas é se certificar de que as pessoas são capazes de se proteger da tirania", escreveu Lankford.
Ao mesmo tempo, os assassinatos em massa que ocorreram em espaços comerciais ou escolas são muito mais prováveis nos EUA do que em outros países, descobriu a nova pesquisa.
Um outro fator, o desejo da fama, também contribui para o aumento do número de assassinatos em massa. Ser famoso pode se tornar um fim em si próprio. Assim, os atiradores buscam a fama e a glória através de homicídios.
É de lembrar que ultimamente nos EUA foi registrado um aumento da taxa de criminalidade. Segundo a pesquisa, realizada pela organização não-governamental Centro Policial de Violência (VPC na sigla em inglês), publicada nesta quarta-feira (19), o número de homicídios em 35 grandes cidades aumentou 19% durante o último ano, e os tiroteios sem vítimas mortais aumentaram 62%.