"O tribunal decidiu que a Holanda tem direito à indenização, esta decisão é vinculativa para a Rússia", disse o ministro das relações exteriores holandês.
Segundo a declaração de Koeders, publicado no site do Governo da Holanda, "a Rússia deve respeitar o direito internacional, como todos os outros, e respeitar essa decisão".
O tribunal admitiu o direito à indenização À Holanda por danos materiais e morais.
O ministério das relações exteriores da Rússia, por sua vez, comunicou que vai estudar o veredicto do tribunal de arbitragem, mas considera que este não tem competência neste caso.
O ministro das relações exteriores holandês classificou a resposta russa como "inaceitável".
Anteriormente, a porta-voz do ministério das relações exteriores da Rússia, Maria Zakharova, havia declarado que a sentença do Tribunal de Arbitragem de Haia sobre a detenção do navio Arctic Sunrise promove ações de protesto no mar que violam os direitos legítimos de países costeiros.
O navio do Greenpeace ‘Arctic Sunrise’ (que navega sob a bandeira da Holanda) foi detido no mar de Pechóra em 19 de setembro de 2013, depois de um protesto dos manifestantes da organização contra a extração de petróleo na plataforma Prirazlómnaya.
No dia 24 de setembro, o navio, escoltado por guardas-fronteiriços, foi levado para o porto de Murmansk. Mais tarde, por decisão do tribunal regional Leninsky, o Arctic Sunrise foi detido neste porto russo.
Os 30 ativistas que faziam parte da embarcação, incluindo a brasileira Ana Paula Maciel, foram presos e foi instaurado um processo penal contra os membros do Greenpeace sob a acusação de "pirataria". Posteriormente, a acusação foi rebaixada para “vandalismo".
Com o vigésimo aniversário da Constituição Russa, os ativistas foram contemplados pela lei de anistia e foram libertados no final de 2013.