"Vemos este passo como uma continuação da política provocativa da aliança, que pretende expandir sua influência geopolítica, muitas vezes usando os recursos dos seus países parceiros", disse a porta-voz do ministério Maria Zakharova.
Ela observou que hoje a Geórgia, "a julgar pelas declarações de alguns políticos, não se resignou com as consequências das aventuras de 2008" e ainda almeja os territórios dos países vizinhos, bem como "persistentemente se desvia da assinatura de documentos sobre a não agressão contra eles".
"Aqueles que continuam puxando ativamente Tbilisi à OTAN devem tomar consciência da sua responsabilidade, tendo em conta aquela experiência triste, que ocorreu na região em 2008", disse Maria Zakharova.
Em agosto de 2008, a Geórgia, apoiada pelos EUA, atacou a Ossétia do Sul. A agressão não conseguiu avançar, mas o conflito, cuja parte armada durou cinco dias, deixou centenas de mortes.
A diplomata sublinhou que a Rússia nessa situação vai continuar a cumprir as suas obrigações para garantir a segurança dos seus aliados.
A OTAN continua a reforçar a sua presença militar na Europa Oriental desde a eclosão do conflito no sudeste da Ucrânia, em abril de 2014.
Moscou tem negado repetidamente a sua suposta participação do conflito interino ucraniano. E muitas vezes tem avisado que a expansão militar da OTAN em direção a fronteira ocidental do país é uma ameaça para a segurança global e regional.