"Eu acho que nós vamos tentar de alguma forma apoiar a Finlândia, se o país precisar. Mas isto não é a nossa obrigação direta", disse o ministro da Defesa da Lituânia Juozas Olekas na sua entrevista ao rádio Ziniu Radijas.
Os comentários vêm em retaliação às recentes declarações do presidente finlandês Sauli Niinistö.
"De vez em quando ouvimos a ideia de que a Finlândia poderia participar parcialmente da defesa dos países bálticos", disse Niinistö, durante as conversações com representantes da Embaixada finlandesa.
"A Finlândia não está na posição em que poderia oferecer aos outros garantias de segurança que nem sequer temos nós mesmos," afirmou o presidente.
"A nossa fronteira oriental (com a Rússia) é maior do que as de todos os países da OTAN em conjunto. Se uma nação de pouco mais de cinco milhões de pessoas é responsável pela sua defesa em seu próprio país, a responsabilidade já é suficiente", adicionou ele.
Olekas porém respondeu que cada país entende de forma diferente as suas preocupações de segurança e escolha diferentes meios de defesa.
“A Lituânia, entre outros países bálticos, escolheu o caminho da defesa coletiva da OTAN mais de 10 anos atrás”, disse ele.
As “tensões regionais” não fizeram o público finlandês mais aberto à adesão à OTAN. As pesquisas recentes mostram que a maioria está contra esta opção.
Niinisto disse que a Finlândia continuará desenvolvendo a sua própria defesa em cooperação com o seu vizinho do oeste, a Suécia, e através da parceria com a OTAN.