“Em conformidade com os dados de reconhecimento, Kiev sob pretexto de realização de treinamentos conjuntos do regimento Azov e fuzileiros navais perto de Mariupol está concentrando as armas e material bélico proibido pelos Acordos de Minsk perto da linha de contato”, divulgou à RIA Novosti uma fonte na Milícia Popular.
“Foram recentemente registrados bombardeamentos com uso de morteiros de calibro de 120 milímetros, obuseiros de 122 milímetros e Rapiras [Artilharia antitanque – 100 milímetros] contra estes povoados”, disse a fonte na Milícia Popular de Lugansk.
O interlocutor disse que segundo o objetivo de treinamentos, o inimigo convencional ocupou a cota e estava se preparando para uma ofensiva contra posições dos militares ucranianos.
“O objetivo é simples – destruir o inimigo convencional e neste caso foi a população civil dos mencionado povoados da República Popular de Donetsk”, disse a fonte.
Kiev está realizando, desde meados de abril, uma operação militar para esmagar os independentistas no leste da Ucrânia, que não reconhecem a legitimidade das novas autoridades ucranianas, chegadas ao poder em resultado do golpe de Estado que teve lugar em fevereiro de 2014 em Kiev.
Desde 9 de janeiro, a intensidade dos bombardeios na região aumentou, bem como o número de vítimas do conflito. Isto fez regressar ambas as partes às negociações. O novo acordo de paz, firmado em Minsk entre os líderes da Rússia, da Ucrânia, da França e da Alemanha inclui um cessar-fogo global no leste da Ucrânia, retirada das armas pesadas da linha de contato entre os dois lados, assim como uma reforma constitucional com a entrada em vigor até o final do ano de 2015 de uma nova Constituição, com a descentralização como elemento-chave.
Apesar da trégua, confrontos locais, inclusive com uso de armas pesadas proibidas pelos acordos, continuam. Um Grupo de Contato trilateral (Rússia, Ucrânia e OSCE) está encarregado de buscar uma solução para a crise.