Chefe da NASA: EUA patrocinam a Rússia ao invés de criar seus próprios ônibus espaciais

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As empresas norte-americanas que desenvolvem ônibus espaciais sofrem cortes no financiamento, enquanto a NASA tem que pagar à Rússia por lançamento dos seus astronautas ao espaço.

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“Passaram 1500 dias desde que um ônibus espacial norte-americano foi lançado pela última vez”, faz lembrar o chefe da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA) Charles Bolden. Depois de a sua utilização ter sido abandonada, se planejava que no futuro os astronautas seriam levados ao espaço em naves comerciais. A utilização dos sistemas russos era entendida como uma medida temporária, escreve Bolden no artigo publicado na revista Wired.

Se o Congresso tivesse financiado o projeto de voos comerciais de modo apropriado, hoje estaria na fase final, nota o especialista. 

“O que sabemos ao certo é que cada dólar que pagamos a Moscou é um dólar que não investimos nas empresas norte-americanas no Missouri, Michigan e Minnesota ou em qualquer outro dos 35 estados onde 350 empresas norte-americanas trabalham para que o maior país do mundo envie os seus astronautas ao espaço de forma independente”, se lamenta Charles Bolden.

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O ex-astronauta diz que os ônibus espaciais norte-americanos eram confortáveis e espaçosos. Porém, agora a prioridade é construir aparelhos que possam levam o homem ao espaço mais distante, sendo a criação de naves comerciais patrocinada cada vez menos.

Além disso, Bolden considera que o fato de a NASA usar serviços russos para voos à Estação Espacial Internacional é economicamente desvantajoso: os EUA pagam à Rússia cerca de 81 milhões por uma pessoa.

“Os voos ao espaço são uma tarefa difícil mas a escolha é simples: devemos investir em nós mesmos – nas nossas empresas, criatividade, nas nossas pessoas –  e não, ao invés disso, mandar o dinheiro dos nossos contribuintes à Rússia”, conclui o chefe da NASA.

Ao mesmo tempo, pagando tais montantes à Rússia no âmbito da cooperação espacial, os EUA não poupam dinheiro para confrontar a Rússia e conduzir a “guerra das estrelas”.

Segundo dados dos especialistas, os Estados Unidos possuem mais armamentos no espaço do que qualquer outro país:

“Empresas norte-americanas e agências governamentais têm, pelo menos, 500 satélites — mais ou menos como o resto do mundo combinado. Pelo menos 100 deles são principalmente de natureza militar. A maioria serve para comunicação ou vigilância”.

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