Segundo esta fonte, os terroristas vão começar a retirar de circulação em Mossul (cidade iraquiana controlada pelo EI) moeda estrangeira. O objetivo é esse: restabelecer, em setembro, o dinar de ouro como moeda local.
O “dinar islâmico” data do ano 634, quando foi introduzido pelo califa Uzmão.
A fonte comenta que a face e o reverso da moeda (o curso cambial da qual seria de 139 dólares por um dinar) teriam imagens de sete espigas de trigo e de um mapa do mundo.
De acordo com Vladimir Sotnikov, especialista em Segurança Internacional do Instituto da Economia Mundial e Relações Internacionais da Academia das Ciências da Rússia, o lançamento de moeda própria é "uma tentativa de, antes do tempo, formalizar o Estado Islâmico como um Estado de verdade".
Para o professor de Relações Internacionais da Universidade de Relações Internacionais (MGIMO) Viktor Sergeev, "isso pode até ser possível em uma primeira etapa".
Porém, ambos os especialistas estão convictos de que não será por longo tempo. Segundo Sotnikov, os jihadistas encontrarão problemas insuperáveis ao se depararem com a necessidade de se abastecerem de ouro, o que é algo difícil nas atuais condições da indústria. Já Sergeev acredita que a criação de uma economia baseada em ouro será incompatível com a expansão violenta pelo mundo, anunciada pelo Estado Islâmico.
Mais cedo neste ano, surgiram informações sobre um hotel de luxo reaberto em Mossul pelo Estado Islâmico. Naquele local, considerado “um dos melhores hotéis” do Iraque, é agora proibido fumar, dançar, tomar álcool e cometer outras ações que o Islã radical considera como pecados dignos de morte.
O Estado Islâmico foi qualificado pela comunidade internacional como uma das piores ameaças atuais do mundo. É responsável por milhares de mortes, inclusive execuções sangrentas de cristãos, e pela destruição do patrimônio histórico da região onde atua, nomeadamente o templo de Palmira, cujo gerente foi também decapitado.