Migrantes do Oriente Médio farão com que os estônios gostem dos russos

© AP Photo / Boris GrdanoskiUm migrante do Oriente Médio se esconde debaixo do trem na Macedônia, 17 de agosto de 2015
Um migrante do Oriente Médio se esconde debaixo do trem na Macedônia, 17 de agosto de 2015 - Sputnik Brasil
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A maioria dos estônios são contra a política de deixar os refugiados da Síria e África se instalar no seu pequeno país báltico, que tem a população somente de 1,3 milhões de pessoas, informou o jornal norte-americano The Christian Science Monitor na sexta-feira (28).

Uma criança imigrante em frente da Secretaria de Estado da Saúde e Assuntos Sociais (LAGeSo) em Berlim. 25 de agosto de 2015. - Sputnik Brasil
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Segundo a sondagem conduzida pela TNS Emor, quando a Estônia e muitos outros países se juntaram ao sistema de quotas para a distribuição obrigatória de refugiados pelos países da União Europeia (UE), 42% de respondentes na Estônia disseram que estavam contra a ideia de deixar entrar os refugiados, comparando com 32% dos interrogados que eram em favor dos refugiados no território estônio, informou o The Christian Science Monitor.

O tema central da discussão é a controvérsia sobre os planos da Estônia de aceitar mais de 200 refugiados nos próximos dois anos.

Apesar de a Estônia ficar longe das fronteiras inquietas da Grécia e Macedônia e dos centros dos refugiados na Alemanha, a Estônia está discutindo o papel que pode ter na crise migratória europeia, discussão desenvolvida especialmente pelas forças conservadores.

A situação instável na economia e o euroceticismo que cresce em toda a Europa por causa da crise migratória, bem como o último resgate financeiro da Grécia, ajudaram a reforçar as posições dos eurocéticos e dos que estão contra o fluxo de migrantes e refugiados.

Tendo em conta a sua história e a aspiração dos estônios a preservar a sua cultura e língua, é fácil apelar ao nacionalismo estônio. 

Pouco depois da Segunda Guerra Mundial, somente 2,7% da população da Estônia pertencia a minorias étnicas.

Em 1989 este número cresceu para 38,5% por conta dos residentes da União Soviética que migraram ou foram forçados a migrar para trabalhar nas indústrias pesadas da Estônia.

"Isso foi entendido como uma espécie de ameaça para a existência dos estônios ", disse Raivo Vetik, professor de política comparada da Universidade de Tallin.
Enquanto a minoria russa continua a ser o problema mais grave de integração e migrantes de outros países chegam à Estônia, muitos notam que não há assim tantas divergências entre os falantes de russo e estônio, disse Vetik.

"Há argumentos de que os russos e os estônios são muito parecidos…Somos mais parecidos comparando com a gente nova que está chegando. Por isso devemos integrar [os russos] rapidamente e com mais eficácia", destacou Raivo Vetik.

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