Entretanto, nas palavras do chanceler russo, desde que a troca de poder foi promovida na Ucrânia, essa situação se inverteu. Segundo ele, Moscou perguntou aos seus colegas do Ocidente se eles poderiam, tal qual o fizeram com Yanukovich, não incentivar as novas autoridades ucranianas a fazer uso do exército contra seu próprio povo.
“Eles não responderam nada, e depois começaram a fazer declarações públicas instando Kiev a continuar usando força proporcional durante a operação anti-terrorista. Tal é a hipocrisia” – explicou Lavrov.
“Ou seja, novas restrições não foram apresentadas. Mas todos nós sabemos quem é que vai definir o grau dessa proporcionalidade” – concluiu o chefe da diplomacia russa.
Os Acordos de Minsk, assinados pelo “quarteto da Normandia” (Alemanha, Rússia, França e Ucrânia) em 12 de fevereiro de 2014, prevêem a retirada de tropas e o cessar-fogo completo, mas os representantes de Donetsk e Lugansk têm repetidamente declarado que Kiev viola os acordos.