Em entrevista realizada em Londres, o presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, prometeu que os testes serão feitos. "Os testes virais serão realizados e repetidos, porque a coisa mais importante para nós é a saúde dos atletas. Estamos trabalhando com nosso departamento médico e analisando isto."
A declaração vai na contramão do que vinha sendo dito pelos próprios organizadores e pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). De acordo com a primeira posição destas entidades, não haveria a necessidade de testes virais no Rio. O diretor executivo das Olimpíadas, Christophe Dubi, chegou a descartar a análise.
Ele afirmou que seguia uma suposta análise da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que os testes bacterianos já seriam suficientes. A própria OMS, no entanto, veio a público dias depois para desmentir esta afirmação e reiterar o pedido por testes virais.
As entidades estão em alerta desde que a agência de notícias Associated Press publicou estudo no fim de julho apontando a presença de vírus nas águas da Baía de Guanabara, da Lagoa Rodrigo de Freitas e na Praia de Copacabana.
De acordo com a análise encomendada pela AP, 150 amostras de água foram testadas para três tipos de adenovírus humano, além de rotavírus, enterovírus e coliformes fecais. Elas apontaram níveis altos de adenovírus nos três locais. O resultado também mostrou sinais de rotavírus, principal causa mundial de gastroenterite. Os testes foram realizados pela Universidade Feevale, de Novo Hamburgo.