“A rigor, a imprensa internacional já teve um momento anterior em que era até bastante favorável ao Presidente Lula, em particular. Depois, no entanto, quando os sinais da crise começaram a se acentuar, sobretudo nos meios financeiros e nos órgãos de informação que respondem aos interesses desses meios mais diretamente – como, por exemplo, o ‘Financial Times’, o ‘The Economist’ –, uma certa antipatia começou a se fazer presente e vem se acentuando. Porém, eu acharia excessivo colocar no mesmo balaio jornais como o ‘Le Monde’, por exemplo, que se destacam por uma certa imparcialidade, digamos assim. É um jornal liberal, progressista, não se aventuraria a se articular com alguma campanha midiática.”
O Professor Aarão Reis considera exagerada a afirmação do “Le Monde” de que a Presidenta Dilma estaria isolada:
“Talvez seja uma opinião muito extremada dizer que ela está isolada, mas ela está enfrentando dificuldades crescentes em constituir uma maioria. Então, há aí circunstâncias desfavoráveis, uma personalidade da presidente não muito afeita ao diálogo, uma receita que se traduz numa dificuldade crescente de constituir maiorias – mas dizer que ela está isolada é um pouco forte.”