Segundo a UNCTAD, na região há uma grave crise no fornecimento de água e eletricidade, e no decurso das operações militares em julho e agosto de 2014 foi destruída parte da infra-estrutura da região.
"As repercussões sociais, de saúde e de segurança da alta densidade populacional e da aglomeração são alguns dos fatores que podem fazer com que não se possa viver em Gaza em 2020", afirma a organização.
A UNCTD ainda destaca que os recentes combates na região fizeram com que 500 mil pessoas abandonassem Gaza. Cerca de 20 mil casas, 148 escolas e 15 hospitais foram total ou parcialmente destruídos, além da única estação elétrica do território ter sofrido graves danos.
"Em 2014, a Faixa de Gaza sofreu o terceiro conflito com operações militares em larga escala em seis anos, depois de oito anos de bloqueio econômico. Os esforços de reconstrução são extremamente lentos em relação à magnitude da devastação e a economia local de Gaza não teve a oportunidade de se recuperar”, acrescentam os especialistas da organização.
Atualmente, o Estado da Palestina é reconhecido por 135 países. Há dois anos, a Assembleia Geral das Nações Unidas votou a favor de conceder à Palestina o status de "Estado observador" na organização, e reafirmou o direito dos palestinos à autodeterminação dentro dos territórios ocupados por Israel em 1967, ou seja, toda a Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental.
As autoridades israelenses se recusaram a aceitar a resolução e condenaram o tratamento dado aos palestinos na ONU como um movimento unilateral contrário aos acordos mútuos e um obstáculo para o processo de negociação. Palestina também é um membro da Liga dos Estados Árabes e da UNESCO.