“Nenhum país pode lidar com a atual crise migratória por si próprio”, afirmou Sturgeon. Segundo ela, os países devem unir esforços para elaborar uma “abordagem comum”.
“Só coordenando as nossas ações é possível encontrar uma resposta digna para esta crise sem precedentes”, sublinhou a líder escocesa.
O especialista tem a certeza de que a questão dos refugiados na UE é muito politizada, pois a quantidade deles no Iêmen é duas vezes maior. Mas o Ocidente não faz nada:
“O Ocidente colabora com a guerra cobarde da Arábia Saudita e com as violações graves do direito internacional. Na Síria está lançada uma nova ordem. De facto, é uma típica desordem estabelecida pelo Ocidente», explica o cientista as razões da guerra e, consequentemente, da crise na Europa.
“Parece que os norte-americanos perderam o controle da situação. Mas quem começou o problema deve assumir a responsabilidade completa pelas consequências”, afirma Hossein Ruyvaran.
No entanto, segundo o especialista, a responsabilidade está sendo transferida ao Irã e Rússia, embora estes países tenham apoiado o regime sírio.
“O Irã demonstrou coragem quanto à ajuda aos refugiados na região. O país acolheu pelo menos 4 milhões dos refugiados afegãos, uns milhões de migrantes iraquianos”, acrescentou o cientista político.
Enquanto a UE grita que está se preparando para aceitar 10 mil refugiados e anuncia “a sua ação nobre” em todo o mundo, o Irã atua na prática.
O especialista também sublinhou que o problema dos migrantes na UE não pode ser separado da guerra na Síria:
“Outros países não devem intervir no conflito diretamente visto que é um conflito civil interno. A crise acabará e o problema dos refugiados e migrantes será resolvido. Do meu ponto de vista, a formulação do problema pelo Ocidente é absolutamente incorreta e irracional”.
A Síria está envolvida em uma guerra civil desde março de 2011. O governo luta contra vários grupos rebeldes e organizações militares, incluindo a Frente al-Nusra e o grupo terrorista Estado Islâmico, proibido na Rússia. No entanto, o Ocidente não quer considerar o presidente da Síria, Bashar Assad, como um aliado na luta contra o grupo terrorista.