Kremlin e Kiev constatam dias de cessar-fogo completo em Donbass

© Sputnik / Dan Levy / Acessar o banco de imagensCombatentes da Autoproclamada República Popular de Donetsk
Combatentes da Autoproclamada República Popular de Donetsk - Sputnik Brasil
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O presidente da Ucrânia, Pyotr Poroshenko, declarou nesta segunda-feira, 8, que, apesar de a retomada de ações militares em larga escala ainda ser a maior ameaça atual para Donbass, a região já vive há dois dias um cessar-fogo completo.

O presidente da Ucrânia, Pyotr Poroshenko - Sputnik Brasil
Poroshenko pensa em plano B para tratar de conflito ucraniano
“A primeira e principal ameaça é a de que a qualquer momento, apesar de termos há dois dias um cessar-fogo completo – apenas dois incidentes com grupos de reconhecimento ontem e hoje, as ações militares possam ser retomadas. Num trecho de 500 quilômetros na linha de combate não houve quaisquer ataques nem de artilharia, nem de lança-granadas, nem de armas de pequeno calibre” – disse Proshenko durante uma reunião com o gabinete dos ministros.

A relativa estabilização da situação na Ucrânia foi igualmente constatada por Kremlin.

“Realmente, desde 1º de setembro acontece uma relativa estabilização. Realmente, graças a Deus, quase não há ataques contra assentamentos civis de Donbass por parte das forças armadas da Ucrânia” – declarou nesta terça-feira, 8, o porta-voz do presidente da Rússia Dmitry Peskov.

Ele frisou, no entanto, que o pleno cumprimento dos acordos de Minsk ainda está longe de ser alcançado.

“Nesse sentido, certamente, podemos constatar uma mudança para o melhor, mas, conceitualmente, se analisarmos outros aspectos dos acordos, e não apenas os do cessar-fogo e da retirada de armamentos de diversos calibres da linha de contato, então, infelizmente, dificilmente veremos um avanço. O descumprimento de aspectos conceituais dos acordos de Minsk continua, como as partes jurídica, de anistia e as relativas ao tema das eleições” — destacou Peskov.

Monitores da OSCE em Donetsk, no leste da Ucrânia - Sputnik Brasil
Alto representante da OSCE fala sobre situação na Ucrânia em entrevista à Sputnik
Em fevereiro de 2014 um golpe de Estado em Kiev promoveu a troca de poder na Ucrânia. Preocupadas com a política das novas autoridades do país, as populações das regiões de Donetsk e Luganks, no sudeste do país, e que juntas formam a região de Donbass, rejeitaram a legitimidade do novo gabinete em Kiev.

Em meados de abril de 2014, a Ucrânia deu início a uma operação militar para reprimir de forma violenta os ânimos independentistas.

Presidente ucraniano Pyotr Poroshenko em visita a base militar nos arredores de Kiev em 4 de abril de 2015 - Sputnik Brasil
Kremlin: Kiev volta a provocar a escalada do conflito na Ucrânia
A fim de buscar uma solução para o conflito, em 12 de fevereiro de 2015 representantes da Alemanha, Rússia, França e Ucrânia se reuniram na capital da Bielorrússia e determinaram a retirada de tropas e o cessar-fogo completo em Donbass, através da assinatura dos chamados Acordos de Minsk. Representantes de Donetsk e Lugansk, no entanto, têm repetidamente declarado que Kiev viola os acordos.

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