Noruega não pode fazer nada para salvar seu cidadão sequestrado pelo Estado Islâmico

© AP Photo / albaraka_news, FileMilitantes do Estado Islâmico
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Ontem à noite a organização terrorista Estado Islâmico publicou numa das suas revistas um anúncio sobre a venda de dois reféns estrangeiros – o cidadão da China Fan Jinghui e norueguês Ole-Johan Grimsgaard-Ofstad.

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Ole-Johan Grimsgaard-Ofstad, cidadão da Noruega de 48 anos, chegou à Síria em finais de janeiro. Antes disso, ele interessava-se pela situação no país – isso consta das suas contas nas redes sociais. 

Em 24 de janeiro ele escreveu “Estou em Idlib, Síria. Vou a Hama amanhã. Eu finalmente fiz isso”.

Dentro de uns dias, Ole-Johan Grimsgaard-Ofstad foi sequestrado. O governo norueguês sublinha que o sequestro dele foi obra de uma organização e só dentro de algum tempo o norueguês foi entregue ao Estado Islâmico.

O governo tentava travar negociações, mas toda a informação sobre eles foi tornada secreta. Segundo escreve a edição Aftenposten, os jornalistas solicitaram que o governo divulgue a informação sobre o caso ainda em maio, mas receberam a ordem de não acompanhar a história na mídia deviod a “questões de segurança”.

Numa coletiva de imprensa na quarta-feira à noite (9) a primeira-ministra Erna Solberg manifestou que o rejeito de transferir dinheiro a terroristas é uma questão de príncipio.

“Não podemos ceder perante pressão de terroristas e criminosos; A Noruega não paga resgates. Não podemos trair este princípio”, sublinhou Solberg.

Segundo a opinião dela, o resgate por Ole-Johan Grimsgaard-Ofstad somente iria aumentar o risco de sequestro para cidadãos de outros países.

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Porém, a primeira-ministra não negou que a Noruega travou negociações. Elas chegaram ao impasse quando se tornou óbvio que se trata de um “montante considerável” que as autoridades norueguesas não queriam ou não podiam pagar.

Durante algum tempo não havia nenhuma informação sobre Ole-Johan Grimsgaard-Ofstad até que o Estado Islâmico escreveu num número da sua revista que “cidadão foi traído pelo governo dos seus país”. 

Agora ele quase não tem chance para voltar a casa. Segundo acham especialistas, por exemplo, Morten Bøås do Instituto Norueguês de Relações Internacionais, Oslo tem um conjunto de medidas de influência bastante limitado. E até a diplomacia internacional provavelmente não irá funcionar. A Noruega não tem outro remédio senão pedir um favor ao Estado Islâmico.

O trafico de pessoas nos territórios controlados pelo Estado Islâmico tornou-se um negócio comum. Por exemplo, em agosto a organização terrorista publicou uma lista de preços para mulheres e crianças escravas.

O grupo terrorista Estado Islâmico, anteriormente designado por Estado Islâmico do Iraque e do Levante, inicialmente operava principalmente na Síria, onde seus militantes lutaram contra as forças do governo. Posteriormente, aproveitando o descontentamento dos sunitas iraquianos com as políticas de Bagdá, o Estado Islâmico lançou um ataque maciço em províncias do norte e noroeste do Iraque e ocupou um vasto território. No final de junho de 2014, o grupo anunciou a criação de um "califado islâmico" nos territórios sob seu controle no Iraque e na Síria.

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