A delegação norte-americana será representada pelo vice-secretário de Estado para assuntos do Hemisfério Ocidental, Edward Alex Lee, e a cubana – por Josefina Vidal, diretora geral para os EUA do Ministério do Exterior.
Parece que os EUA estão interessados em cooperação econômica com Cuba. Contudo, o pesquisador da América Latina, jornalista, professor da Universidade Estatal Russo de Humanidades (RGGU na sigla em russo) Mikhail Belyat opinou à Sputnik que a aliviação das sanções econômicas está longe de se tornar a realidade.
“Acho que a retirada de embargo não dependerá das negociações que estão sendo realizadas atualmente. Serão mais um passo para a retirada, mas não o passo decisivo,” disse.
Belyat lembra que nos mais de 50 anos do “bloqueio” econômico de Cuba foi tomada uma grande série de decisões e leis, e um processo contrário não será fácil ou rápido.
O especialista também disse que “as mudanças econômicas, via de regra, são realizadas simultaneamente com as políticas”:
“É uma grande questão se o governo cubano esteja pronto para trocar os princípios nos quais baseia atualmente a sua política e os seus diálogos. Até o momento os cubanos já têm declarado repetidamente que não estão prontos para mudar a sua ideologia, o passo de que sonha Washington”.
Falando da reaproximação cubano-americana, não se pode esquecer do problema da base Guantánamo, porque uma das exigências apresentadas pelo líder cubano, Raúl Castro, é que EUA devolvam o território no qual é localizada a base, que arrendam desde 1903.
Mikhail Belyat não acha que a questão de Guantánamo possa ser resolvida em breve:
Vale lembrar que a rescisão antecipada do contrato relativo ao arrendamento só é possível por acordo de ambas as partes. Anualmente os EUA enviam um cheque de US$ 3,4 mil, mas o governo de Cuba não aceita o dinheiro, porque acham que os militares norte-americanos devem sair da ilha.