EUA: Ações de Moscou na Síria podem resultar em isolamento da Rússia

© Sputnik / Andrei Stenin / Acessar o banco de imagensManifestação na Síria em apoio da Rússia
Manifestação na Síria em apoio da Rússia - Sputnik Brasil
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A decisão da Rússia de agir sozinha na Síria em vez de se juntar à coalizão internacional pode ser julgada como apoio ao regime do presidente Bashar Assad e resultar em isolamento ulterior da Federação da Rússia, disse durante uma coletiva de imprensa o representante oficial da Casa Branca, Josh Earnest.

“Isto pode resultar em isolamento ulterior da comunidade internacional e em oposição aos outros 60 países que apoiam a coalizão [contra o Estado Islâmico] liderada pelos EUA”, manifestou Earnest respondendo à pergunta de um jornalista.

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Entretanto, o chanceler da Rússia Sergei Lavrov pôs em dúvida neste domingo (13) a eficácia da coalizão internacional na luta contra o grupo terrorista Estado Islâmico, proibido na Rússia:

“Alguns dos nossos colegas da coalizão falam que às vezes têm informação onde concretamente estão algumas subdivisões do EI, mas o comandante da coalizão (naturalmente, os EUA) não as manda atacar”, declarou. 

Os EUA exigem a renúncia do presidente da Síria Bashar Assad e estão contra o fornecimento de qualquer ajuda a Damasco. A Rússia, por sua vez, apelou repetidamente à assim chamada coalizão internacional para cooperar com as autoridades sírias sob a égide do Conselho de Segurança da ONU na luta contra o Estado Islâmico. O Ministério do Exterior russo declara que Moscou nunca guardou em secreto que fornece e irá fornecer ajuda técnico-militar ao regime de Bashar Assad na luta contra o terrorismo.

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A guerra civil na Síria dura desde 2011 e já causou a morte de mais de 230 mil pessoas, segundo os dados da ONU. O governo sírio luta contra vários grupos rebeldes e organizações militares, incluindo a Frente al-Nusra e o grupo terrorista Estado Islâmico. 

O grupo terrorista Estado Islâmico, anteriormente designado por Estado Islâmico do Iraque e do Levante, foi criado e, inicialmente, operava principalmente na Síria, onde seus militantes lutaram contra as forças do governo. Posteriormente, aproveitando o descontentamento dos sunitas iraquianos com as políticas de Bagdá, o Estado Islâmico lançou um ataque maciço em províncias do norte e noroeste do Iraque e ocupou um vasto território. No final de junho de 2014, o grupo anunciou a criação de um "califado islâmico" nos territórios sob seu controle no Iraque e na Síria.

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