“Se o povo quer modificar a constituição, ele irá decidir democraticamente. Isso não é nenhuma ditadura”, argumentou Morales.
Na semana passada, partidários do governo elaboraram um projeto para alterar a Carta Magna boliviana. A modificação aumentaria o número de reeleições permitidas. O documento será submetido ao parlamento do país e, caso seja aprovado, passará por um referendo popular.
O índio aymara Evo Morales começou sua vida sindical nos anos 1980. Alcançou seu primeiro mandato político em 1997, entrando para o Congresso como representante da província de Chapare e de Carrasco de Cochabamba. Foi o mais votado entre seus pares. Em janeiro de 2002, acabou expulso da casa legislativa acusado de terrorismo, mas dois meses depois o ato recebeu o parecer de “inconstitucional”.
Morales foi eleito presidente da Bolívia pela primeira vez em dezembro de 2005. Em janeiro deste ano, tomou posse para seu terceiro mandato.