“Eu penso que, em paralelo com o combate ao terrorismo, é necessário dar seguimento ao diálogo entre os partidos políticos e outras organizações sírias para chegar a um consenso sobre o futuro do nosso país”, afirmou Assad, que frisou, entretanto, que o principal inimigo no momento é o terrorismo. “Precisamos derrotar o terrorismo e não só o Estado Islâmico”.
“A questão não está no fato da Europa receber ou não receber os refugiados. É necessário eliminar as causas primeiras desse problema. Se os europeus se preocupam com o destino dos refugiados, então é preciso parar de dar suporte aos terroristas. Essa é a nossa opinião sobre o problema. Essa é a essência da questão dos refugiados”, reforçou Assad e concluiu que busca a consolidação das forças políticas do seu país para combater o terrorismo.
Segundo Assad, isso já estaria acontecendo. Grupos que combateram o governo sírio já atuam contra o terrorismo, agora ao lado das forças governamentais. Segundo ele, esse é o caminho que terá de ser trilhado para tornar possível a realização de um diálogo e de um processo político, de modo a atender as demandas de todos os sírios.
Quando perguntando sobre o apoio do Irã aos seu país, Assad foi respondeu que “as relações entre Irã e Síria tem um histórico positivo há mais de 35 anos”.
“Estamos ligados por laços de amizade e de confiança mútua. Por isso achamos que o Irã desempenha um papel importante. O Irã atua do lado da Síria e do seu povo. Esse país apóia o governo sírio politicamente, economicamente e na área militar. Quanto ao suporte militar, não se trata de envio de tropas, como alguns na mídia ocidental gostam de dar a entender. Teerã fornece equipamento militar. Naturalmente, existe o intercâmbio de especialistas sírios e iranianos. Esse intercâmbio, porém, sempre existiu. E é claro que esse tipo de cooperação bilateral se intensifica nas condições de uma guerra. Sim, a ajuda de Teerã foi um dos principais elementos a contribuir para a resistência da Síria nesse guerra difícil e bárbara”, concluiu.
O presidente Assad frisou ainda que o Estado Islâmico não é, de modo algum, uma manifestação do povo sírio, mas sim um projeto internacional e estritamente terrorista.