Pesquisa: Espanha pode criar ‘instabilidade’ caso Catalunha se torne independente

© AFP 2023 / JOSEP LAGOCartaz com a foto de Artur Mas, presidente atual do governo regional da Catalunha e representante do grupo Junts pel Sí, em uma rua de Barcelona
Cartaz com a foto de Artur Mas, presidente atual do governo regional da Catalunha e representante do grupo Junts pel Sí, em uma rua de Barcelona - Sputnik Brasil
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Um comunicado divulgado pelo governo da Catalunha adverte sobre a possibilidade de instabilidade financeira no caso da eventual vitória da causa independentista.

Segundo as autoridades regionais da Catalunha, comunidade autônoma da Espanha que quer tornar-se independente na sequência das eleições antecipadas de 27 de setembro, o governo espanhol pode reagir impondo uma restrição de atividade bancária.

Os autores do documento, preparado para uso interno em 2013, acreditam que “esta possibilidade serve para que a Espanha possa dissuadir a Catalunha de avançar no processo de autodeterminação”.

Contudo, a opção de que a Catalunha seja expulsa da Europa unida foi considerada mínima naquela altura, sem “descartar as ameaças de exclusão realizadas”.

As bandeiras estreladas que simbolizam independência da Catalunha durante os protestos de setembro de 2014, Barcelona, Espanha - Sputnik Brasil
Independentistas apresentam “única oportunidade de sobreviver” para Catalunha
No entanto, nesta quinta-feira (17), a imprensa espanhola divulgou que tal possibilidade está crescendo. “A Catalunha não poderia ingressar novamente à UE”, diz a manchete da primeira página do El País, que se refere a uma pesquisa da Fundação Alternativas.

Por sua parte, o governo de Madri, representado por Mariano Rajoy, declarou ontem que não iria falar em independência mesmo havendo vitória do processo soberanista catalão.

As eleições catalãs de 27 de setembro são chamadas de “plebiscitárias” pelos seus organizadores, que esperam conseguir a independência desta região. O candidato coletivo Junts pel Sí (Juntos pelo Sim), integrado, entre outras pessoas, pelo atual presidente do governo regional, Artur Mas, e o líder da oposição, Oriol Junqueras, é considerado como o favorito.

A Catalunha tentou organizar um referendo sobre independência em novembro de 2014. A iniciativa foi formalmente proibida pelo governo espanhol como inconstitucional, mas mesmo assim, foi realizada como um “processo participativo”, sem validade jurídica mas com importante validade simbólica. Cerca de 2 milhões de catalães votaram a favor da independência naquele 9 de novembro.

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