Segundo as autoridades regionais da Catalunha, comunidade autônoma da Espanha que quer tornar-se independente na sequência das eleições antecipadas de 27 de setembro, o governo espanhol pode reagir impondo uma restrição de atividade bancária.
Os autores do documento, preparado para uso interno em 2013, acreditam que “esta possibilidade serve para que a Espanha possa dissuadir a Catalunha de avançar no processo de autodeterminação”.
Contudo, a opção de que a Catalunha seja expulsa da Europa unida foi considerada mínima naquela altura, sem “descartar as ameaças de exclusão realizadas”.
Por sua parte, o governo de Madri, representado por Mariano Rajoy, declarou ontem que não iria falar em independência mesmo havendo vitória do processo soberanista catalão.
As eleições catalãs de 27 de setembro são chamadas de “plebiscitárias” pelos seus organizadores, que esperam conseguir a independência desta região. O candidato coletivo Junts pel Sí (Juntos pelo Sim), integrado, entre outras pessoas, pelo atual presidente do governo regional, Artur Mas, e o líder da oposição, Oriol Junqueras, é considerado como o favorito.
A Catalunha tentou organizar um referendo sobre independência em novembro de 2014. A iniciativa foi formalmente proibida pelo governo espanhol como inconstitucional, mas mesmo assim, foi realizada como um “processo participativo”, sem validade jurídica mas com importante validade simbólica. Cerca de 2 milhões de catalães votaram a favor da independência naquele 9 de novembro.