Advogado: Guardas de Guantánamo escolhem de ‘ampla série’ de torturas

© AP Photo / Charles DharapakPrisão de Guantánamo
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Um advogado de um dos prisioneiros de Guantánamo (presídio norte-americano situado na ilha de Cuba) declarou à Sputnik que os fatos de alimentação forçada mostrados num vídeo tornado público recentemente só é um caso de uma ampla série de métodos de tortura, que a CIA usa na prisão.

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Um vídeo que mostra funcionários da prisão norte-americana no território de Guantánamo (Cuba) forçando um prisioneiro a se alimentar foi enviado entre outros sete pelo Departamento de Justiça dos EUA ao tribunal de Washington em 31 de agosto, segundo divulgou na segunda o jornal The Guardian.

O prisioneiro, Abu Wa’el Dhiab, passou 12 anos na prisão sem acusação ou julgamento, e em dezembro de 2014 foi libertado.

O advogado do prisioneiro, David Remes, comentou o vídeo à Sputnik nesta quinta-feira (17).

"Olha para as técnicas avançadas de interrogatório… olha o que eles fizeram nas prisões da CIA. Esta [alimentação forçada] só é uma das técnicas de torturas nessa sala de horror", disse.

O advogado explicou que demorou oito anos para o Departamento de Justiça entregar os vídeos, que provavelmente foram editados pela CIA porque a agência faz quase tudo o possível para a informação sobre os seus delitos nunca se torne pública.

Remes argumentou a sua opinião pelo fato que o Departamento de Justiça sempre chama tais evidências segredas alegando que eles ameaçam a segurança nacional dos EUA.

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Mas, segundo ele, a questão verdadeira é o fato que a alimentação forçada é ilegal, mas que viola as normas aceitas da ética médica de várias organizações, por exemplo a Associação Médica Americana (AMA) e a Associação Médica Mundial (WMA).

"Os médicos não realizam alimentação forçada, é trabalho de enfermeiros" na maioria de casos, explicou Remes.

"Os médicos simplesmente não vão fazer isso… ou eles não devem fazer isso tendo em conta as normas éticas que se aplicam a eles".

Segundo tornou-se público nos finais de 2014, durante a presidência de George W. Bush a Agência Central de Investigação dos EUA (CIA) aplicou a suspeitos de terrorismo tais técnicas de interrogatório que podem ser chamadas de torturas: afogamento simulado, privação prolongada de sono, ameaça de abuso sexual e alimentação retal sem necessidade médica.

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