Arrendatário do navio russo detido na Líbia nega acusações de contrabando

© REUTERS / Ismail ZitounyPetroleiro russo Mekhanik Chebotarev
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O arrendatário do petroleiro russo Mekhanik Chebotarev da empresa Oil Marine Group detido na Líbia, negou, em comunicado divulgado nesta quinta-feira (17), as acusações de contrabando de petróleo e insiste que a detenção foi ilegal.

"A declaração da mídia sobre o alegado contrabando de petróleo pelo navio de um dos portes da Líbia não corresponde à realidade. O navio estava vazio e foi detido ilegalmente", reza o comunicado.

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Segundo a empresa, na quarta-feira passada (16), militares líbios logo entraram ao bordo do petroleiro sem especificar as razões da detenção do navio. Eles levaram dois membros da tripulação ao bordo de um navio milita, deram ordem ao capitão (que permaneceu a bordo do navio) de segui-lo, desligando o sistema de comunicação Inmarsat do navio russo.

Mas o capitão conseguiu notificar a empresa russa sobre o acontecimento e apertar o botão de emergência, resultando na advertência a todos os serviços de reação imediata.

Depois o navio russo foi guiado para o porto de Trípoli e lá amarrado. Documentos e celulares de toda a tripulação do navio foram confiscados, bem como toda a documentação do navio. Enquanto isso, as autoridades líbias não divulgou nenhuma declaração ou exigência oficial.

Atualmente os marinheiros ficam no bordo do Mekhanik Chebotarev e, segundo a informação da empresa russa, o seu futuro próximo continua pouco clara.  

"Os serviços correspondentes do Ministério das Relações Exteriores, Serviço Federal de Segurança e Ministério da Defesa da Rússia trabalham para a libertação dos marinheiros e do navio", diz-se no comunicado.

O embaixador russo na Líbia Ivan Molotkov declarou mais cedo à agência noticiosa RIA Novosti que a missão diplomática verifica a informação sobre a detenção do navio petroleiro russo pelas autoridades líbias. Mas o diplomata não especificou nenhum detalhe sobre o assunto.

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A Líbia vive a crise grave social e político desde a coalizão liderada pela OTAN ter derrubado o presidente Muammar Khaddafi em 2011. O poder do país atualmente é muito fragmentado, e de fato existe a duplicidade do poder. Por um lado, o país é governado pelo Parlamento com sede em Tobruk liderado por Abdullah al-Thini  e por outro, o Congresso Geral da Nação de tendência islâmica, com sede em Trípoli, e o primeiro-ministro eleito por essa casa, Omar al-Hasi.

Enquanto isso existem muitas áreas não controladas pelas autoridades, e estes são cada vez mais ocupadas pelo grupo terrorista Estado Islâmico, proibido pela Rússia e uma série de outros países.

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