Enquanto Bulgária, Hungria e outros países europeus fortalecem suas fronteiras para impedir a passagem do grande número de estrangeiros que tentam de todas as formas entrar no bloco continental, o governo croata decidiu adotar uma postura diferente em relação aos migrantes, prometendo disponibilizar os poucos recursos que afirma ter para ajudar milhares de sírios, iraquianos e cidadãos de outras nacionalidades a cruzar o país em direção à Europa Ocidental.
Alegando que o seu país não dispõe de recursos suficientes para lidar com o grande fluxo de refugiados, o primeiro-ministro croata, Zoran Milanović, disse que a Croácia não pretende impedir a passagem dos estrangeiros, mas, ao mesmo tempo, não pode garantir que terá capacidade para tratar a questão da maneira que ela precisa ser tratada.
"Eu não quero e não posso parar essas pessoas. Elas vão passar pela Croácia", afirmou Milanović. "Se nós pudermos, nós vamos registrá-las. Mas, se houver mais delas, nós não poderemos registrar. Vamos fazer o nosso melhor, mas não posso garantir que vamos conseguir".
Já segundo a presidente da República, Kolinda Grabar-Kitarović, "as coisas estão prestes a ficar fora de controle". Ela afirmou que "a Croácia demonstrou humanitarismo", mas muitos refugiados continuam entrando no país sem qualquer controle.