Rússia pode considerar envio de tropas à Síria se houver pedido de Damasco

© AFP 2023 / Zein al-RifaiO Estado Islâmico anunciou ter ocupado a cidade de Marea, onde em abril o grupo explodiu um carro-bomba.
O Estado Islâmico anunciou ter ocupado a cidade de Marea, onde em abril o grupo explodiu um carro-bomba. - Sputnik Brasil
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A Federação da Rússia estará pronta para considerar um eventual pedido de Damasco de enviar tropas russas à Síria, disse nesta sexta-feira (18) o porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov.

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Mais cedo nesta semana, as autoridades legítimas da Síria reconheceram o "pleno direito" da Rússia de realizar ataques aéreos contra as posições do Estado Islâmico, grupo terrorista proibido pela Rússia e por uma série de outros países.

Anteriormente, o chanceler russo, Sergei Lavrov, tinha apelado à consolidação da coalizão internacional que combate o Estado Islâmico, deixando de lado as discrepâncias internas e aceitando a atividade de grupos locais (as unidades peshmerga dos curdos iraquianos são um dos exemplos).

Os EUA, que lideram a assim chamada coalizão internacional anti-EI, têm afirmado que o governo sírio de Bashar Assad não era um "aliado legítimo" no combate aos terroristas. A posição da Rússia é a oposta: Moscou alega que se o Estado Islâmico está atuando no solo da Síria, ameaçando o país diretamente, as autoridades sírias têm todo o direito de combatê-lo.

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A guerra civil na Síria dura desde 2011 e já causou a morte de mais de 230 mil pessoas, segundo os dados da ONU. O governo sírio luta contra vários grupos rebeldes e organizações militares, incluindo a Frente al-Nusra e o grupo terrorista Estado Islâmico. 

O grupo terrorista Estado Islâmico, anteriormente designado por Estado Islâmico do Iraque e do Levante, foi criado e, inicialmente, operava principalmente na Síria, onde seus militantes lutaram contra as forças do governo. Posteriormente, aproveitando o descontentamento dos sunitas iraquianos com as políticas de Bagdá, o Estado Islâmico lançou um ataque maciço em províncias do norte e noroeste do Iraque e ocupou um vasto território. No final de junho de 2014, o grupo anunciou a criação de um "califado islâmico" nos territórios sob seu controle no Iraque e na Síria.

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