Montenegro espera convite para aderir à OTAN, mas oposição exige referendo

© AFP 2023 / SAVO PRELEVICSecretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg (esquerda) e primeiro-ministro de Montenegro, Milo Djukanovic, em Podgorica
Secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg (esquerda) e primeiro-ministro de Montenegro, Milo Djukanovic, em Podgorica - Sputnik Brasil
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Um pouco antes do encontro dos ministros dos países da OTAN, no qual provavelmente Montenegro irá receber convite de aderir à Aliança, o parlamento de Montenegro adotou urgentemente uma resolução quer manifesta prontidão do país de juntar-se à OTAN.

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Enquanto isso, os partidos de oposição opinam que a questão de adesão à OTAN deve ser decidida numa referendo. Até a maioria dos simpatizantes da integração à OTAN (são 35 por cento dos cidadãos) destacam o referendo como a única maneira legítima de tomar tal decisão importante. Mas parece que as autoridades montenegrinas tentam não reparar isso. A oposição porem teme que até um referendo não impeça apresentar de maneira necessitada a “vontade do povo montenegrino”.

“A OTAN é uma organização séria e não acho que eles próprios queiram ficar numa situação ridícula quando o país com um governo entrar na Aliança e quando nela mudar-se o poder o país irá de repente sair. Qualquer mudança do estatuto contemporâneo deve ser feito exclusivamente por meio de um referendo. No Montenegro mais de dois terços dos cidadãos são contra a OTAN, então é preciso tomar em conta esta vontade do povo”, disse à Sputnik Andrija Mandic, líder de um dos maiores partidos de oposição Nova Democracia Sérvia.

No entanto, ele manifestou a convicção de que as autoridades montenegrinas fará tudo o possível para evitar realização de referendo e dedicar a decisão ao parlamento.

Vladislav Dajkovic, líder do Movimento para neutralidade de Montenegro e outro adepto de referendo também duvida que tal referendo possa ser realizado de maneira justa e democrática: 

“Estamos a favor de referendo, mas não sob tais condições. Deve ter lugar em umas condições livres e democráticas, mas é impossível enquanto ao poder no país está Partido Democrático de Socialistas chefiado pelo premiê Milo Djukanovic. Duvidamos que o referendo possa ser justo. Provavelmente os seus resultados serão falsificados como fosse no caso de todas as eleições em Montenegro nos últimos 26 anos”, sublinhou Djukanovic.

Ele também caracterizou a resolução do parlamento como excessiva:

“Absolutamente não está claro o que eles queriam alcançar com aprovação desta resolução se o convite à OTAN para Montenegro ainda não foi recebido. Se este convite finalmente chegar, tal resolução deverá ser adoptada de novo e mais uma vez votar par o que votara ontem à tarde”, disse o político montenegrino.

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