“A OTAN é uma organização séria e não acho que eles próprios queiram ficar numa situação ridícula quando o país com um governo entrar na Aliança e quando nela mudar-se o poder o país irá de repente sair. Qualquer mudança do estatuto contemporâneo deve ser feito exclusivamente por meio de um referendo. No Montenegro mais de dois terços dos cidadãos são contra a OTAN, então é preciso tomar em conta esta vontade do povo”, disse à Sputnik Andrija Mandic, líder de um dos maiores partidos de oposição Nova Democracia Sérvia.
No entanto, ele manifestou a convicção de que as autoridades montenegrinas fará tudo o possível para evitar realização de referendo e dedicar a decisão ao parlamento.
Vladislav Dajkovic, líder do Movimento para neutralidade de Montenegro e outro adepto de referendo também duvida que tal referendo possa ser realizado de maneira justa e democrática:
“Estamos a favor de referendo, mas não sob tais condições. Deve ter lugar em umas condições livres e democráticas, mas é impossível enquanto ao poder no país está Partido Democrático de Socialistas chefiado pelo premiê Milo Djukanovic. Duvidamos que o referendo possa ser justo. Provavelmente os seus resultados serão falsificados como fosse no caso de todas as eleições em Montenegro nos últimos 26 anos”, sublinhou Djukanovic.
Ele também caracterizou a resolução do parlamento como excessiva:
“Absolutamente não está claro o que eles queriam alcançar com aprovação desta resolução se o convite à OTAN para Montenegro ainda não foi recebido. Se este convite finalmente chegar, tal resolução deverá ser adoptada de novo e mais uma vez votar par o que votara ontem à tarde”, disse o político montenegrino.