“Os autores dessa tomada inconstitucional do poder pela força devem prestar contas. Estamos preparados para tomar medidas adicionais, se necessário”, frisa o comunicado do Conselho.
Ainda na quinta-feira, os golpistas libertaram o presidente de Burkina Faso, Michel Kafando, que exercia um mandato de transição. No entanto, eles mantiveram em prisão domiciliar o primeiro-ministro Isaac Zida. Os insurgentes são liderados pelo general Gilbert Diendéré, ele foi chefe do Estado-maior no governo do presidente deposto, Blaise Compaoré, que ficou no poder por 27 anos.
“Em sinal de apaziguamento e pelo interesse geral, o conselho nacional para a democracia decidiu pela libertação de ministros e de Michel Kafando”, diz uma nota dos golpistas.
Zephirin Diabré e Roch Marc Christian Kaboré, favoritos na disputa presidencial, também condenaram o golpe e querem a manutenção do calendário eleitoral, a libertação de todos os presos e o regresso da ordem constitucional. Nesta sexta-feira (18), o presidente de Senegal líder em exercício da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao), Macky Sall, e o presidente de Benim, Thomas Boni Yayi, irão a Ouagadougou, capital de Burkina Faso, discutir a situação com Diendéré.