Em Havana, a Praça da Revolução recebeu um altar e fileiras de cadeiras para o papa celebrar uma missa a céu aberto. Nas ruas da capital cubana, mensagens dão boas-vindas ao líder da Igreja Católica.
Em 2012, o papa Bento XVI foi recebido pelo sucessor de Fidel, o irmão mais novo do comandante, Raúl Castro.
O analista cubano Lenier Gonzalez, ouvido pela Reuters, afirmou que as relações da Igreja Católica com o governo de Cuba, antes tensas, passaram a ser de negociação e proximidade. “As áreas de cooperação aumentaram até o ponto em que a igreja e o papa Francisco facilitaram a reaproximação dos governos de Cuba e dos Estados Unidos.”
O papa Francisco teve papel decisivo na retomada das relações diplomáticas entre os dois países, inimigos da Guerra Fria, depois de meio século de afastamento. O líder da Igreja Católica escreveu um apelo pessoal aos presidentes Barack Obama e Raúl Castro e intermediou as negociações secretas para a reaproximação.
No anúncio da reabertura das embaixadas, no fim do ano passado, Obama e Raúl agradeceram ao papa por mediar o acordo histórico.
Recentemente, o governo cubano atualizou o valor estimado de prejuízo causado pela medida. A cifra alcança US$ 833,7 bilhões. O fim do embargo depende da aprovação do congresso norte-americano.
Depois de Cuba, o papa Francisco viaja aos Estados Unidos, onde será recebido na Casa Branca pelo presidente Barack Obama. Ele também fará uma visita ao congresso norte-americano e participará, em Nova York, da Assembleia Geral das Nações Unidas, informou Agência Brasil.