Além disso, a nova legislação permite que a polícia faça buscas em qualquer residência privada, onde suspeite que se encontrem refugiados.
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, em discurso no parlamento antes da aprovação da lei, declarou que a Europa foi inundada por migrantes, e que os refugiados representam um perigo para o continente e o seu modo de vida.
Na semana passada, o Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Raad al Hussein, declarou que a Hungria está violando o direito internacional com sua resposta à crise humanitária. Ele afirmou que as ações da Hungria são "cruéis, e em alguns casos ilegais", mencionando entre elas as detenções maciças, deportação de refugiados, ataques a jornalistas e ao confisco de materiais audiovisuais sobre o uso indiscriminado da força.
Nos últimos meses a Europa tem se esforçado por encontrar uma saída para a mais grave crise migratória desde o fim da Segunda Guerra Mundial, com milhares de refugiados chegando constantemente ao continente, fugindo das guerras na África e no Oriente Médio.
De acordo com a Comissão Europeia, desde o início do ano mais de 500 mil refugiados e imigrantes conseguiram chegar ao bloco europeu.