"Atualmente há uma operação secreta em marcha contra o Presidente Evo Morales na Bolívia que é financiada, articulada e organizada por agências de inteligência e de segurança dos Estados Unidos", disse Quintana em entrevista ao programa El Pueblo Es Noticia, transmitido pela rede estatal de mídia boliviana.
“Não descansaram um só segundo e não vão descansar. Eles querem o Presidente fora do Governo, querem desacreditá-lo”, afirmou Quintana.
O alto funcionário boliviano disse ainda que Morales é “o alvo número um das agências de segurança dos EUA porque o Presidente é um dos líderes indiscutíveis na América Latina e no mundo, que não comunga com a política do país do norte”.
Primeiro presidente de origem indígena da Bolívia, Morales ocupa o cargo desde 2006 e foi reeleito novamente em 2014. Reconhecido por suas políticas de redução da pobreza e de combate à influência de Washington e das corporações multinacionais na Bolívia, ele nunca foi encarado pelo governo norte-americano como um aliado, especialmente no contexto da guerra em curso contra as drogas.
Nas palavras do ministro Quintana, “há uma maquinaria midiática” que alimenta a construção de escândalos para tentar deslegitimar a voz “clara, firme e honesta” de Morales na comunidade internacional.
“A partir desta construção de uma matriz de opinião se pretende instalar a opinião de que a Bolívia é um narcoestado", disse ele, lamentando a existência no país de uma "imprensa" e de políticos "bobos", que repetem “sem qualquer tipo de reflexão este tipo de slogan, fazendo um favor aos EUA para legitimar o relato de que a Bolívia não contribui" na luta internacional contra o narcotráfico.