Estado Islâmico pode ajudar a levantar sanções antirussas da UE

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A cooperação econômica e o comércio entre a Rússia e a União Europeia podem ser restaurados no futuro devido aos esforços conjuntos russo-americanos para combater o Estado Islâmico na Síria, escreve Agapito Maestre-Sanchez, escritor e filósofo espanhol, num artigo do El Mundo.

Se a Rússia e a União Europeia reiniciarem a cooperação isso não será graças à diplomacia dos líderes da UE, mas porque Washington e Moscou se entenderão e trabalharão em conjunto para derrotar o Estado Islâmico no Oriente Médio, diz Maestre-Sanchez.

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Se as duas superpotências chegarem a acordo sobre a crise síria, isso naturalmente levará à restauração das relações econômicas entre a Rússia e a UE, afirma o autor. 

“É engraçado, mas isso é como a política internacional funciona”, diz Maestre-Sanchez afirmando que a UE está paralisada e não possui a sua própria voz na política internacional. Além de crise migratória e do embargo alimentar, a Europa está enfrentando um problema ainda mais importante que é a falta de verdadeiros líderes, pessoas que possam liderar o continente nestes tempos difíceis e encontrar soluções práticas para superar problemas. 

“[Os líderes atuais da UE] não fazem nada, dizem somente que estão fazendo algo”, escreve Maestre-Sanchez,acrescentando que a Europa passa pela pior crise de liderança em toda a sua história recente.

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Em 6 de agosto de 2014 a Rússia introduziu um embargo de longo prazo sobre as importações dos produtos alimentares da UE, EUA e de alguns outros países ocidentais como a resposta às sanções introduzidas contra o país por causa da crise ucraniana. Naquela altura, a Rússia era o segundo mercado maior para produtores alimentícios europeus. 

Segundo o Ministério do Desenvolvimento Econômico russo, entre agosto de 2014 e abril de 2015 as importações dos produtos alimentares dos países expostos às sanções russas caíram 2,5 bilhões de dólares.

A Copa-Codega, associação de agricultores e cooperativas agrícolas europeias afirma, que no fim de julho de 2015, as perdas dos agricultores europeus foram equivalentes a 5,5 bilhões de dólares em resultado do embargo alimentício introduzido pela Rússia. 

Em 2015, reagindo à nova onda das sanções, Moscou prolongou o embargo até 5 de agosto de 2016.

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