Se a Rússia e a União Europeia reiniciarem a cooperação isso não será graças à diplomacia dos líderes da UE, mas porque Washington e Moscou se entenderão e trabalharão em conjunto para derrotar o Estado Islâmico no Oriente Médio, diz Maestre-Sanchez.
“É engraçado, mas isso é como a política internacional funciona”, diz Maestre-Sanchez afirmando que a UE está paralisada e não possui a sua própria voz na política internacional. Além de crise migratória e do embargo alimentar, a Europa está enfrentando um problema ainda mais importante que é a falta de verdadeiros líderes, pessoas que possam liderar o continente nestes tempos difíceis e encontrar soluções práticas para superar problemas.
“[Os líderes atuais da UE] não fazem nada, dizem somente que estão fazendo algo”, escreve Maestre-Sanchez,acrescentando que a Europa passa pela pior crise de liderança em toda a sua história recente.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento Econômico russo, entre agosto de 2014 e abril de 2015 as importações dos produtos alimentares dos países expostos às sanções russas caíram 2,5 bilhões de dólares.
A Copa-Codega, associação de agricultores e cooperativas agrícolas europeias afirma, que no fim de julho de 2015, as perdas dos agricultores europeus foram equivalentes a 5,5 bilhões de dólares em resultado do embargo alimentício introduzido pela Rússia.
Em 2015, reagindo à nova onda das sanções, Moscou prolongou o embargo até 5 de agosto de 2016.