Hossein Sheikholeslam, conselheiro do presidente do parlamento iraniano sobre assuntos internacionais e membro daquela delegação do Irã na ONU, lembrou numa entrevista à Sputnik estes e outros acontecimentos ligados às escutas dos altos funcionários iranianos:
NSA monitored the Skype calls of a visiting Iranian UN delegation. http://t.co/7OTXriSaNp pic.twitter.com/G9Su0hC3B7
— Christopher Soghoian (@csoghoian) 23 сентября 2015
“O nosso serviço de segurança avisou-nos que podemos ser vigilados e escutados. Claro que estávamos prontos a isso e tomamos as medidas correspondentes.
Aquela história é uma confirmação de dois fatores. Em primeiro lugar, a NSA [Agência Nacional de Segurança dos EUA], coletando dados, fornece-os ao Mossad [serviço de inteligência de Israel]. Em segundo lugar, hoje está ausente o nível máximo de confiança mútua entre os serviços secretos israelenses e americanos.
Além disso, aqui surge uma questão sobre a confiança entre as inteligências dos EUA e de Israel. Tel Aviv, desencadeando o escândalo com o lançamento de vírus, dá para compreender que não pode confiar completamente na informação recebida dos parceiros do outro lado do oceano. Por isso, os serviços secretos israelenses têm que buscar os dados secretos por conta própria, literalmente debaixo do nariz dos americanos. E até este trabalho escrupuloso não traz o resultado devido. Mossad não descobriu nada interessante em Viena. Assim como o Irã não descobriu nada de novo nos meios de Israel de realizar atividades de inteligência.
Lembra-se um outro caso. Assim, a República Islâmica [do Irã] reagiu ao ciberataque do vírus Stuxnet em 2010 com fortalecimento das suas próprias cibertecnologias. E hoje os nosso sistemas antivírus funcionam com qualidade e sem intermitências.
Contudo, esta história com escutas e as histórias seguintes com introdução de vírus de computador parecem apelar aos membros das nossas altas delegações de ficar maximamente vigilantes, não ceder perante provocações e continuar a trabalhar proveitosamente. Inclusive, na próxima Assembleia Geral da ONU”.