Nas suas palavras, os dois países podem ter interesses mútuos na Síria.
"É possível, mas ainda não é óbvio, que tal coincidência possa existir na Síria. Supõe-se que ali, tanto os EUA, quanto a Rússia compartilham dos mesmos interesses – derrota definitiva do Estado Islâmico e a transformação política pós-regime [do presidente sírio Bashar] Assad, o que irá preservar e restabelecer o país. No entanto, os EUA acreditam que esses dois interesses devem ser seguidos em paralelo, e nós estamos dispostos em trabalhar com a Rússia com base nisso" – disse Carter durante uma entrevista coletiva conjunta em Washington com o ministro da Defesa da Ucrânia Stepan Poltorak.
Os EUA, por sua vez, que já lideram uma coalizão internacional para combater o grupo terrorista, estão tentando derrubar o regime do presidente Bashar Assad na Síria, e se recusam categoricamente em incluí-lo na luta contra o EI.
A guerra civil na Síria, iniciada em 2011, já causou a morte de mais de 230 mil pessoas, segundo dados da ONU. O governo sírio luta contra vários grupos rebeldes e organizações militares, incluindo a Frente al-Nusra e o grupo terrorista Estado Islâmico.