No início deste ano, a imprensa alemã revelou que a NSA vinha usando o posto de escuta do BND na cidade de Bad Aibling, no sul da Baviera, para espionar uma série de alvos europeus, incluindo figuras políticas e corporações. Uma comissão parlamentar de inquérito iniciou uma investigação sobre o caso e exigiu que o governo alemão revelasse as listas completas dos alvos, pedido que até agora não foi atendido.
De acordo com a fonte do Die Zeit no BND, os e-mails que continham as listas "foram apagados acidentalmente". No entanto, quando a comissão foi criada, as partes acordaram mecanismos específicos para evitar que as evidências fossem destruídas.
Em junho, Berlim decidiu designar um mediador especial entre o governo e o parlamento para coordenar o trabalho dos serviços de segurança. Ao comissário foi concedido acesso a informações secretas, bem como uma autorização prévia para apresentar posteriormente uma versão editada dos dados aos parlamentares. A decisão foi duramente criticada pela oposição alemã.
Em agosto, um vazamento revelou que o governo alemão estivera durante meses escondendo o fato de que em maio havia obtido a permissão de Washington para revelar as listas de alvos da vigilância da NSA na Europa, por medo de que os documentos fossem imediatamente tornados públicos.