Ilkka Kanerva tem ouvido muitas vezes umas interferências durante conversas telefônicas. O jornalista finlandês do jornal Hufvudstadsbladet também reparou interferências, até durante uma entrevista pelo telefone com o político.
"Nós não vivemos dentro de um conto de fadas. Isso acontece em todos os lugares, e seria estranho pensar que a Finlândia seja uma exceção", disse Kanerva ao Helsingin Sanomat.
"Eu gostaria de acreditar que foi um problema técnico, mas há uma clara dependência das interferências nas conversas telefônicas", disse Kanerva.
As interferências apareciam principalmente quando Kanerva discutia assuntos ligados à política externa e à segurança:
"Eu tenho umas tarefas relacionadas à política externa e à segurança, aos assuntos internacionais e domésticos do país, por isso, de acordo com as leis da lógica, não se pode excluir a possibilidade de que me espionam".
Já o ex-ministro da Defesa da Finlândia, Carl Haglund, começou a notar barulhos estranhos e interrupções na comunicação durante conversas telefônicas quando ocupava o cargo de pasta. Ele observa que "a maioria das interferências podia ser ouvida quando falava de política de segurança e das questões de defesa com certas pessoas".
Depois das informações de Kanerva sobre as interferências durante as conversas telefônicas, o ex-ministro da Defesa confirmou que também notou a mesma coisa.
A Polícia de Segurança finlandesa está ciente dessa situação. Mas na quinta-feira (25), os representantes da polícia não comentaram a situação.