Entre os países em que os Estados Unidos continuam instalando armas nucleares estão a Alemanha, Bélgica, Itália, Turquia e Holanda, assinalou Slater na sexta-feira (25).
"[A administração Obama está] agora, na verdade, atualizando as armas e sistemas de transporte para as bases nos países que hospedam instrumentos ilegais dos EUA de morte e destruição em seu solo, embora esses cinco países não nucleares tivessem assinado o Tratado de Não Proliferação e prometido nunca adquirir armas nucleares", explicou Slater.
Na terça-feira (22), a estação de televisão alemã ZDF revelou que o Departamento de Defesa norte-americano planeja implantar bombas de gravidade nuclear B61 na Alemanha, na base aérea de Buchel neste outono — substituindo as 20 bombas que já estão no local.
"A recente notícia de que os Estados Unidos estão planejando a instalação 20 novas bombas nucleares na Alemanha, cada uma com poder destrutivo 80 vezes superior à bomba usada em Hiroshima, é motivo de desespero para os ativistas da paz global, que têm trabalhando para o desarmamento nuclear e acabar com a guerra ", disse Slater.
Ela explicou que em 2000 o então presidente dos Estados Unidos Bill Clinton rejeitou uma proposta do presidente russo, Vladimir Putin, de iniciar o desarmamento nuclear.
"Putin fez uma proposta a Clinton, em 2000, segundo a qual os Estados Unidos e a Rússia deveriam cortar seus arsenais de armas nucleares de 19.000 para 1.000 ogivas cada um… e negociar um tratado para eliminar todas as armas nucleares do planeta", disse Slater.
No entanto, "Clinton recusou e Putin retirou a proposta", observou ela.
Slater também disse que a mídia americana permanece dominada pelo complexo militar-industrial, o que torna muito difícil para os americanos saber a verdade.
Atualmente, existem cerca de 16.300 bombas nucleares no mundo.