“Os organismos financeiros internacionais devem velar pelo desenvolvimento sustentável e não a submissão asfixiantes dos países por sistemas de crédito que, longe de promover o progresso, submetem as populações a mecanismos de maior pobreza, exclusão e dependência”, afirmou o Papa.
O Pontífice falou por 46 minutos, em espanhol, e por diversas vezes foi interrompido por entusiasmados aplausos. Ele começou seu discurso saudando os presentes e toda a “família Nações Unidas”, lembrou que é a quinta vez que um papa visita a ONU e destacou a atuação das Nações Unidas na busca pela paz mundial e em outras questões.
Após criticar o sistema financeiro, o chefe de Estado do Vaticano afirmou que “nenhum ser humano, indivíduo ou grupo pode ser considerado onipotente e autorizado a passar por cima do direito dos outros”. Ele lembrou que muita gente é vítima do mau exercício do poder econômico, político e tecnológico e destacou que o cenário é de muitos “falsos direitos”.
O líder da Igreja Católica cobrou dos líderes mundiais que façam o possível para que todos dos seres humanos tenham o mínimo materialmente e espiritualmente para viverem em dignidade e formarem uma família. Ele condenou o fato de, em alguns países, as meninas serem excluídas da educação nas escolas.
A negociação e o direito, segundo o Pontífice, devem ser buscados sempre e que a busca para se evitar os conflitos precisam ser incansáveis. Segundo o Papa Francisco, a guerra é a negação de todos os direitos. O religioso condenou o que chamou de “colonização ideológica” que as nações ricas tentam impor.
A questão do Oriente Médio, norte da África e de outros países em que há perseguição aos cristãos e destruição dos locais de culto não foi deixada de lado pelo Papa Francisco. O Santo Padre ainda combateu o tráfico de drogas, que “mata milhões de pessoas em silêncio”.