Entre 140 países, o Brasil aterrissou na 75ª posição. São 27 postos abaixo do 48º lugar conquistado em 2012, melhor desempenho desde 2006, quando a pesquisa, iniciada em 1977, ganhou a atual metodologia, que agora permite comparações entre um ano e outro. Segundo o ranking, o País está abaixo de alguns de seus principais concorrentes, como México, Índia, África do Sul e Rússia, e de economias menores como Uruguai, Peru, Vietnã e Hungria.
"Como não avançou em questões regulatórias e tributárias e na infraestrutura melhorou pouco, basicamente em aeroportos, o Brasil acabou perdendo muitas posições no ranking", afirma o professor Carlos Arruda, coordenador do Núcleo de Inovação da Fundação Dom Cabral (FDC), uma das parceiras do Fórum Econômico na coleta e análise dos dados.
Além de ter piorado em relação a outras economias — em 2014, era o 57º entre 144 países —, o País ainda registrou recuo na nota em relação à economia mais competitiva — que, pelo sétimo ano consecutivo, é a Suíça. Na pesquisa de 2014, o índice geral do Brasil era de 4,34. Neste ano, é de 4,08.
"Isso significa que o Brasil ficou menos competitivo em relação a si mesmo", afirma Arruda. Ou seja, não foram os outros países que melhoraram e deixaram a economia brasileira para trás. "O Brasil piorou", resume.
No ranking global, aparece em segundo lugar a cidade-Estado Singapura e, em terceiro, estão os EUA. Os três últimos colocados são Guiné (140ª posição), Chade (139ª) e Mauritânia (138ª). O relatório mostra que a maioria das nações menos competitivas pertence à África Subsaariana, com exceção do Haiti, Venezuela e Mianmar. "Países com menores índices de competitividade se caracterizam por instituições fracas, infraestrutura deficiente e educação não inclusiva e de baixa qualidade, além de péssimo sistema de saúde", escrevem os pesquisadores.
Entre os elementos capazes de aumentar a competitividade brasileira, os chamados "potenciadores de eficiência", o relatório cita o tamanho do mercado doméstico e as incipientes tecnologias inovadoras.