A informação, confirmada pelo porta-voz do ministério, vem um pouco depois de as autoridades ucranianas terem afirmado que não sabiam de nenhuma proibição russa neste sentido.
Na sexta-feira passada (25), o primeiro-ministro da Ucrânia, Arseny Yatsenyuk, anunciou que várias companhias aéreas russas ficavam proibidas de entrar no espaço aéreo ucraniano. Contudo, a lista completa das companhias e das medidas restritivas não foi divulgada.
Mais cedo, tinha sido emitida uma lista de companhias russas proibidas de sobrevoarem a Ucrânia, que incluía até transportadoras já inexistentes.
Porém, a lista de Yatsenyuk inclui nomes como a Transaero, Aeroflot (as duas maiores no mercado russo), Donavia, Rossiya, Polet Airlines, Cosmos, RusJet e Sirius-Aero.
“A decisão de proibir os voos com destinos situados no território ucraniano, inclusive a passagem de trânsito de aviões militares, refere-se a todas as companhias aéreas da lista negra”, declarou a porta-voz do Ministério da Infraestrutura ucraniano, Kristina Nikolaeva.
Para o ministro dos Transportes russo, Maksim Sokolov, a Rússia não podia deixar de responder simetricamente a tal passo do governo do país vizinho.
“Nós compreendemos que isso suspenderá de fato as comunicações aéreas entre os dois países. E quem sofrerá mais com isso serão sobretudo os cidadãos ucranianos. Mas eu devo sublinhar que, no contexto atual, são as ações das autoridades ucranianas que provocam uma reação da parte russa”, acrescentou o ministro.
Segundo a porta-voz da maior companhia aérea da Ucrânia, Ukraine International Airlines (UIA), a proibição já preocupa as transportadoras. Nomeadamente, a própria UIA corre o risco de começar a perder uns 10 milhões de dólares anualmente quando a proibição das comunicações aéreas entre a Ucrânia e a Rússia entre em vigor.
Na semana passada, a Ucrânia tinha fechado também o seu espaço aéreo para voos de aviões russos que transportam ajuda humanitária à Síria.