“Visitamos frequentemente a Síria por iniciativa dos meus colegas do grupo de deputados pela proteção dos valores cristãos. O objetivo é levar cargas humanitárias: roupa para crianças, medicamentos, roupa quente [que é necessária] na véspera do inverno”, disse.
O deputado russo destacou que deputados do parlamento russo costumam se encontrar com Bashar Assad e chefes do governo sírio para estudar a situação e organizar os canais de entrega de ajuda humanitária através das estruturas oficiais.
“Por tradição sempre temos uma reunião com ele [Bashar Assad] (…). É uma pessoa completamente adequada, moderna e laica. Consideramos que corresponde às tarefas que a Síria está enfrentando”, disse Sergei Gavrilov.
“Além disso, no ano passado ajudamos muitas crianças dos orfanatos cristãos a ir a Rússia para descansar nos campos de férias. Além das questões humanitárias, discutimos o assunto levantado pelo presidente russo Vladimir Putin de restaurar a infraestrutura econômica, reconstruir as comunicações ferroviárias, estradas e infraestrutura elétrica”, acrescentou o deputado russo.
Gavrilov afirmou, que para fazer isso, com certeza, é preciso juntar os esforços internacionais de todos os países, incluindo da União Europeia e Estados Unidos, que estão diretamente envolvidos ao conflito, muitas vezes do lado da chamada “oposição moderada” que rapidamente se transforma nas forças mais radicais.
“[Devido ao início da operação aérea russa contra os terroristas] com certeza, o nosso trabalho será mais difícil porque é uma zona de ações militares. Podemos dizer que a Rússia faz todo o trabalho pela Europa”, frisou Gavrilov.
O coordenador do grupo de deputados pela proteção dos valores cristãos não indicou datas concretas da viagem, mas disse que está prevista para o outono deste ano.
A Rússia vem apoiando o presidente sírio Bashar Assad desde o início da guerra civil que tomou conta do país em 2011 e que já levou, segundo estimativas da ONU, mais de 250 mil vidas. O governo sírio luta contra vários grupos rebeldes e organizações militares, incluindo a Frente al-Nusra e o grupo terrorista Estado Islâmico.