Apesar da situação atual e de medidas restritivas aplicadas contra vários parlamentares russos, os seus colegas europeus admitem a necessidade de cooperação para combater o terrorismo e resolver um vasto leque das questões, inclusive a crise migratória, a crise na Síria e outros.
O político finlandês, ex-chanceler e presidente da Assembleia Parlamentar da OSCE, Ilkka Kanerva, classificou a iniciativa de Naryshkin como construtiva.
Porém, o parlamentar finlandês criticou, no seu discurso, a adesão da Crimeia à Rússia, em março de 2014. Kanerva chamou o processo de “anexação ilegal” no início da sua intervenção. Porém, quando passou a palavra a Naryshkin, este corrigiu: “A Crimeia foi anexada em 1991, e em 2014, ela foi libertada”.
O parlamentar russo convidou o seu colega europeu a visitar a península russa.
Convite para o Parlamento Europeu
Durante o seu discurso, ela declarou também que quaisquer resoluções contra a Rússia são inaceitáveis para ela como representante do povo francês.
“Eu quero estabelecer um diálogo com um país que eu avalio como nosso aliado histórico”, ressaltou Morano, retificando que se trataria de um “diálogo consultivo e verdadeiro”.
Já o presidente da associação francesa Diálogo Franco-Russo, Thierry Mariani, explicou que os deputados russos não podem ir à França a convite de Morano para intervir perante o Parlamento Europeu. A causa é simples: estão sujeitos às sanções. Nas suas declarações, ele afirmou que é necessário começar o diálogo para levantar as sanções porque ninguém beneficia com elas.
Refugiados
Os refugiados e o conflito no Oriente Médio também foram um tema importante da reunião. Em particular, os palestrantes da Coreia do Sul, Zimbábue e Sudão, além do especialista suíço Patrick Taran e o deputado brasileiro Nilson Leitão, tocaram neste assunto.
A crise síria é um dos assuntos mais importantes da agenda mundial nestes dias e não podia deixar de estar presente no fórum parlamentar. Entre outras declarações, a do ex-primeiro-ministro da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero, foi talvez a mais brilhante:
“Não é preciso discutir o futuro da Síria, mas sim o presente, porque se o presente não for protegido, não haverá futuro para discutir”.
Na quarta-feira, 30 de setembro, a câmara alta do parlamento russo autorizou o envio da Força Aeroespacial russa à Síria, em resposta ao pedido oficial de Damasco. A coalizão liderada pelos EUA, que tem assestado golpes aéreos contra as posições do Estado Islâmico há cerca de um ano, não teve nem autorização do governo sírio, nem admitia que as autoridades sírias participassem desses combates.